segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Tente entender

 Eu perdi o medo do escuro, quando descobri que o medo só se tem quando se quer, e eu quero ter medo de amar de novo, pois o amor é como uma rocha bruta e fria que nos cobre o coração, pensamento e alma, nos deixando apenas lembranças, boas e velhas lembranças, as mais belas que alguém já se pode ter de um tempo que viveu intensamente com uma rocha bloqueando as infelicidades da vida. E quando o amor se vai? Ah ele se vai algum dia, o que resta somente desilusões, e tentativas desesperadoras de buscar uma saída para tamanha vontade de sumir.
 Os sentimentos sempre são em vão, principalmente quando são ignorados até por si, quando você mesmo prefere esquecer de si e do mundo lá fora, por um sentimento tão fútil e doloroso como o amor, que nunca deixou de trazer dor, lágrimas e solidão.
  Mas com o tempo o amor se apaga, renasce, e tudo recomeça, é como se diz : “ Primeiro a chuva,depois o arco-íris,se acostume a ordem é essa ...” . E por que não existe explicação para sentir o que nos machuca tanto depois? Já procurei tantas vezes o ponto de exclamação para esta minha dúvida... Por que amar se não será eterno como a alma? Não sei... As perguntas me rodeiam o tempo todo, me perturba sempre, sem me distrair, me fixo e acabo me perdendo por muitas horas em um assunto que nunca chego a uma certa conclusão.    
  Escrevo sem rumo e sem um ponto final, pois a única coisa que morre é o nosso corpo por isso as minhas palavras são ditas com a alma e não com o coração, pois ele um dia deixa de bater, e já a alma permanece eterna.